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Afinal, o que podemos esperar dos consumidores brasileiros hoje?

 

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O brasileiro está mais otimista, porém cauteloso. Como as empresas devem reagir ao novo cenário do consumo no país?

Após um longo período de volatilidade macroeconômica e umas das maiores recessões da nossa história, a confiança do consumidor brasileiro parece finalmente estar recuperando o fôlego. Depois de cinco anos realizando a pesquisa anual “Consumer Sentiment”, pela primeira vez a McKinsey pôde identificar fortes sinais de otimismo entre os consumidores: 28% dos brasileiros hoje mostram-se esperançosos em relação à economia do país, 15p.p. a mais do que no ano passado.

 

Quais são as implicações para as empresas?

Em meio a um período de retomada da confiança do consumidor e de apostas e incertezas, as empresas devem investir em reforçar o otimismo incipiente, encantando o consumidor. Para isso, há três ações imediatas que devem ser adotadas pelas empresas:

  • Inspire seus consumidores a voltar a comprar ofertando personalização.
    Neste momento de recuperação econômica inicial e maior otimismo, ainda é preciso realizar um esforço considerável para atrair os consumidores. Dessa forma, a personalização é uma importante alavanca para ganhar efetividade nos esforços de marketing. A geração deinsights e ofertas adequadas aos desejos de cada consumidor através da construção de modelos preditivos a partir da coleta de dados de comportamento passado tem potencial de levar o marketing a um outro patamar, gerando resultados significativos. Em nossa experiência, essa ação pode se traduzir em até 15% de aumento nas vendas.

 

  • Ofereça um portfólio de produtos com posicionamento claro: evite ficar prensado no meio.

O efeito ampulheta tem sido observado nos últimos anos e ainda deve persistir por algum tempo. Um balanceamento nas escolhas dos consumidores tende a favorecer empresas com arquiteturas de ofertas bem equacionadas e que ofereçam boas opções para os consumidores que buscam reduções de preços. Também é importante comunicar efetivamente a proposta de valor de um produto, para que os consumidores valorizem os atributos ofertados da forma mais adequada. Não esperamos que o desejo do consumidor de economizar desapareça de uma hora para outra, mesmo em um cenário mais otimista.

 

  • Ajuste a sua estratégia de canais: online e offline devem estar perfeitamente integrados para oferecer uma experiência impecável.

Os canais econômicos têm um apelo inegável e a conveniência torna necessário dobrar os esforços de inteligência em termos de localização.
Com a proliferação de canais e formatos, as empresas devem pensar estrategicamente sobre sua arquitetura de canais. Por um lado, com o online já consolidado, a integração dos canais digital e offline deve ser perfeita. Consumidores omnichannel (convergência de canais) mais conscientes e analíticos, com menores índices de lealdade às marcas e com a mesma expectativa de experiência de compra independentemente do canal são a nova realidade. O investimento em digital é algo estratégico e irreversível. Por outro lado, canais econômicos como o “atacarejo” têm forte apelo e uma importância inegável na estratégia de canais, e oferecem um retorno garantido. O importante é utilizar a inteligência de geolocalização para conseguir investir de forma seletiva neste canal.